terça-feira, 10 de junho de 2014

Invenção

Estive aqui fazem mais de seis meses. Estive ocupada com minhas mudanças, na maneira de pensar e agir comigo mesma. As coisas começaram a se redefinir principalmente quando compreendi que a lógica da realidade é a invenção. Qualquer invenção que baste sentir pra que se valha a pena. Nem tive tempo de pensar ainda com essa calma que me traz a escrita. Mas era real o meu amor, meu desapego, minha alegria, e minha obsessão em ser madrinha ou mãe das minhas realidades. Meu amor instável se expandiu, se acalmou, chegou o mais perto possível e foi novamente pra longe, me deixou ainda com tanto amor, que já não me custa dar, cambiar, repartir, amar. Minha alegria vem certamente das obsessões renováveis, e assim, sempre saudáveis. Era suposto. Seguia minha alegria. Seguia minha obsessão, o amor, e o bom humor. Quando mal vi, me vi tão mal. E não mal de amor, nem de alegria, nem das eufóricas obsessões e das empatias. Me vi mal de realidades. A realidade começou a puxar-me um olhar torto, que logo ficou desconfiado, e cada vez mais dobrou meu corpo diante mim. Não era certo estar assim. Era? Até agora sigo curiosa. O despropósito destes dias me impôs novamente dúvidas essenciais. Aos olhos dos outros, tenho impressão de quase como se contasse um episódio mentiroso. Durante dois meses minha alegria passava fome. Fome de perder peso e intensidade. Tudo que passava da minha boca, exceto as bocas e línguas (que passaram a me topar)... tudo... tudo, despejei boca à fora depois de embrulhar 6 horas de estomago. Todos os dias. Dois meses. As vezes 1 dia de alegria em forma pausas justas em prol das minhas esperanças. Mas nada. Agora que está a passar tudo isso, parece que não foi nada. Aceito com todo o amor possível que não foi nada. Prova de realidade pra expandir mais ainda os territórios da invenção.

Naluah

sábado, 19 de outubro de 2013

humnnn ... ahh hh ...
olho pra ela e
huMmnnn
e olho de novo
aHhhh
chego perto e
hUmnnnn
e mais perto
aHhhhhh...
olha aqui,

se vens me olhar nos olhos
vou comer tua língua...


toda ela.



segunda-feira, 2 de setembro de 2013

w`sky




Descobrir...

naluah

domingo, 24 de março de 2013

tristeza pulmonar

que sensação estranha hoje eu tenho, sensação de um avanço, ou talvez de um retorno. minha consciência passando das 7 horas da noite começou a conversar novamente comigo sobre qual seria meu propósito de vida. eu respondi que sabia que hora ou outra preciso dessa descoberta. hoje depois das 7 horas comecei a me sensibilizar com o céu. eu iria sair de casa pra jantar e fui até a janela sentir a temperatura, vi que não estava muito frio, também senti algo a mais respirando... e foi surgindo mais daquilo com o passar do tempo. era tristeza.  do corredor deste prédio fui até o portão desenrolando do pescoço uma manta exagerada  do meu medo de vento e de frio. sai do portão e me sentia sozinha, sentia eu... e meu corpo como uma especie de escudo por mim. creio que fiquei mais de hora fora de casa, na rua ia pensando que logo eu tinha que descobrir o que preciso fazer, como é possível fazer algo da maneira que posso. bateu em mim enquanto andava a tristeza, agora pura... tristeza pura e morta de saber tão pouco da tristeza real,  de apenas saber que ela existe, e tanta gente que desta sabe mesmo tanto, que jamais poderá ter luxo pra sentir essa tristeza minha. tão fraca, tão desiludida com a existência dessa sofrimento ao desfavor, desse peso farto em tanta gente. tristeza talvez por ainda não saber como se ensina a diminuir tristeza, não saber como é possível fazer sentir coisas pequenas, simples e extraordinárias nessa vida. tristeza em perceber que tanta gente não sente, precisa engolir o mundo , só por que não sente. gente que podia mudar o mundo e não sente. que tristeza me dá evitar ver toda a tragédia na mídia, mas saber de tanto absurdo impensável, que se fecho os olhos a própria imaginação se nega a certas construções que se relacionem a fatos reais. tenho a impressão de que talvez me interessasse conviver com pessoas realmente fora dessa realidade assombrada. realidade assombrada por pessoas pouco sensíveis do outro... mas, receio ser tão insensível quanto, se no meio do meu próprio fosso de sensibilidade e percepção. essa tristeza e caladez que me bate é a dúvida em saber a que devo, sem tristezas, saber saber que sirvo.

naluah

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

fios de ouro descosturando-se da tristeza. coragem e um coração de chumbo pra suportar.


Naluah
escolha maldita

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

um lugar para cada volta.


Naluah
pontes e postes.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Beijando sapos

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